Se você é empresário e ainda crê que sua marca pode se resumir a um logotipo formado por um “desenho bonito” e um “nome legal”, está na hora de rever seus conceitos! É um erro não entender o que, de fato, é marca, e não priorizar a definição de uma identidade visual coerente para o seu negócio.
Muitos donos de empresa acreditam que devem focar apenas no produto ou serviço que oferecem ao definir sua marca. Porém, o processo criativo de uma identidade visual engloba muito mais que um design com significado tão simplório. Existem diversos conceitos que precisam ser analisados com profundidade antes dessa definição.
Quer entender que conceitos são esses, e porque eles devem ser implementados? Fique ligado a seguir!
1. Marca não é apenas um desenho
Quando as primeiras marcas surgiram, elas eram meros mecanismos de diferenciação de produtos. As pessoas julgavam os rótulos e, a partir de seu conhecimento, decidiam qual opção valeria mais a pena comprar.
Mas, você está ciente de que a funcionalidade das marcas mudou drasticamente? A verdade é que aquele simples rótulo dos tempos antigos hoje é visto como um dos aspectos de maior valor em um negócio.
Esse fato foi destacado pela revista HSM Management em 1998, na reportagem “O poder da marca”, e também é citado por Fred Tavares em seu renomado livro “Gestão da marca: estratégia e marketing”. O texto explicava o fato de a marca ser o principal ativo de uma organização. Essa afirmação é tão verídica que pode ser facilmente visualizada até os dias de hoje.
O sucesso de nomes que são referência de excelência em gestão de marca, como a Coca Cola e a Harley Davidson, são os exemplos mais clássicos. As sensações que ambas são capazes de provocar em seus clientes fiéis, e a própria comunidade que foi criada em torno de seus conceitos são inigualáveis.
É por isso que é seguro dizer que a identidade visual de uma marca é uma mina de ouro. Porém, infelizmente, ela é pouco explorada por muitos empresários. Principalmente os donos de pequenas e médias empresas que pecam ao subestimar o potencial de suas marcas. Se este é o seu caso, é indispensável passar a investir na composição e gestão correta dela.
2. A identidade visual parte da cultura da empresa
Tendo em mente que marca é um conceito que tem um alto potencial a ser explorado, vamos aprofundar na criação de sua identidade visual. Antes de pensar em produtos e mercado, o processo criativo do logotipo deve partir de aspectos subjetivos, e a principal inspiração deve ser a cultura da sua empresa.
Sabe porque? Sua marca é como uma entidade independente que possui uma personalidade própria. Suas características, simbolismos e emoções partem, principalmente, dessa cultura.
Esse conceito consiste no conjunto de valores praticados diariamente nos diversos setores da sua organização. Ele engloba não só suas normas e processos próprios, mas também a maneira como os colaboradores, fornecedores e clientes se relacionam.
Sua empresa possui uma cultura bem definida? Qual é a crença primordial da sua marca enquanto uma entidade independente? Ao construir essa definição, lembre-se que essa cultura é algo individual que não há como padronizar ou reproduzir de uma marca para outra.
A partir da definição dessa crença, uma marca consegue encontrar as pessoas ou entidades ideias com as quais deve trabalhar, sejam elas fornecedores, parceiros ou colaboradores. Ela também pode determinar quais são suas metas. Mas, principalmente, esses valores fazem com que a marca seja capaz de enxergar:
- Quem é seu público;
- O que ele precisa;
- Como solucionar os problemas dele;
- Que diferencial genuinamente valioso pode ser ofertado a ele.
A possibilidade de fazer de um nome, e de um logotipo, uma referência que surge de forma orgânica na mente das pessoas é semeada exatamente a partir desse contexto.
3. O logotipo deve transmitir conceitos
Uma vez que a sua marca já passou por esse processo de autoconhecimento e sabe onde quer chegar, com quem irá contar, e quem irá atingir, é hora de ampliar um pouco mais a reflexão que envolve o processo criativo de seu logotipo.
O próximo passo é analisar os demais significados que a identidade visual dessa entidade precisa transmitir, além das suas crenças e valores. O principal aspecto a ser levado em conta é o que o seu produto ou serviço pode acrescentar ao estilo de vida específico do seu cliente ideal. O que também é um conceito subjetivo.
A Coca Cola, por exemplo, transmite sensação de refrescância, e inspira o otimismo em seu público. Já a Harley Davidson transmite o sentimento de liberdade, independência e até mesmo do pertencimento a uma tribo.
É por esse motivo que é tão importante que o logotipo de uma marca represente sua personalidade e seus diferenciais. Partindo desse princípio, e realizando um bom design, uma marca é capaz de transmitir um conceito completo que posiciona ela e seu público em uma mesma sintonia.
4. Os conceitos da marca devem ser cumpridos
O que finaliza a conexão da marca com o público com chave de ouro é a construção de uma relação de confiança. O sucesso das grandes marcas citadas só se concretizou porque elas foram capazes de não só transmitir conceitos, mas de cumprir o que prometeram.
As pessoas continuam sendo cativadas por elas porque encontram ali a superação de suas expectativas. Tomando isso como exemplo, conceituar de forma aprofundada a sua identidade visual se mostra, novamente, um bom caminho para torná-la top of mind.
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5. A identidade visual deve ser um guia
A última coisa que você precisa entender em relação a importância de investir em uma identidade visual bem conceituada é que o logotipo é um carro chefe a ser seguido. Uma vez que os conceitos e o design dele foram definidos, é indispensável criar um manual de identidade visual.
Esse documento deve constituir as informações necessárias para que todo e qualquer material ligado ao seu negócio (desde o site e espaço físico até minúcias, como cartões de visita ou assinaturas de e-mail) esteja unificado com o conceito inicial.
Como você já entendeu nos tópicos anteriores, é mandatório que a marca, como entidade individual, se apresente de forma coerente com esses significados. Confira então as informações básicas que um manual de marca precisa conter:
- Especificação das cores principais e auxiliares;
- Especificação das tipografias principais e auxiliares;
- Dimensões do logotipo como tamanho, margens e posicionamento;
- Exemplos de aplicações do logotipo;
- Instruções para aplicação em diversos formatos, sejam eles físicos ou virtuais;
- Formas erradas de aplicação;
- Conceitos que vão nortear a busca por imagens e ícones ilustrativos nas diversas peças institucionais ou anúncios.
Ficou claro para você o potencial que seu logotipo tem para alavancar o sucesso da sua marca? Lembre-se que empresas de todos os portes podem se beneficiar de uma identidade visual bem embasada.
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