Marketing H2H na era da Inteligência Artificial

A ascensão da IA traz produtividade, mas também o desafio da homogeneização. Este artigo detalha como o Marketing H2H (human-to-human), conceito de Philip Kotler, é a resposta para humanizar marcas no B2B, criando laços de confiança e experiências positivas, e como ele orquestra as estratégias de SEO e GEO na nova era da Inteligência Artificial Generativa.
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Marketing H2H

A adoção de IA no Marketing Digital vem crescendo exponencialmente. Com as automações, atendimento via chatbot, produção de conteúdo e outros recursos, as empresas ganham produtividade e escalabilidade e os profissionais de marketing podem, assim, focar na gestão estratégica. 

Por outro lado, o avanço do uso dessas tecnologias provoca um desafio: humanizar a marca e gerar conexões para criar diferencial competitivo em um mercado cada vez mais homogeneizado. E é aqui que o Marketing H2H (human-to-human) ganha relevância.

Ao longo deste artigo, vamos mostrar como o Marketing H2H dá respostas a esse contexto de expansão de ferramentas tecnológicas e da IA Generativa. 

O que exatamente é Marketing H2H

Aqui na Crux, lidamos com empresas que vendem para empresas. Porém, mesmo no B2B, no final das contas, as decisões são tomadas por pessoas.

Essa é a base filosófica do Marketing H2H (Human to Human), conceito desenvolvido por Philip Kotler em suas obras mais recentes. Ela reforça que, mesmo no universo corporativo, não falamos com CNPJs, falamos com gente.

No H2H, o protagonismo é dado ao vínculo. A marca estabelece relações mais baseadas em confiança do que em convencimento. O diálogo entre marca, clientes e potenciais clientes (seja em forma de conteúdos, produtos, serviços ou ideias) é construído para promover experiências positivas e criar conexão emocional com o público.

É uma virada de chave: ao invés de vender para pessoas, se conectar com elas. Ao invés de empurrar soluções, construir relevância. Ao invés de comunicar diferenciais, compartilhar propósitos. Ao invés de privilegiar o produto, priorizar o problema e o contexto de quem está do outro lado. Ao invés de falar sobre o que se é, mostrar o que se resolve e como.

Na prática, quando olhamos para operações B2B, o Marketing H2H atua como ponte para a conversa. O blog deixa de ser repositório de artigos genéricos e passa a ser um sistema de respostas que auxiliam na tomada de decisão. O LinkedIn deixa de ser vitrine de campanhas e passa a ser uma sequência de insights que constrói e reforça a autoridade. O e-mail sai do disparo massivo e assume a cadência de relacionamento, com mensagens que ajudam a avaliar opções, configurar escopo e reduzir dúvidas. Cada canal tem sua função; quando alinhados por narrativa, constroem confiança e produzem experiências melhores com os clientes.

Por que falar de Marketing H2H agora

Falar de H2H agora é inevitável. A digitalização acelerou boa parte das tarefas do Marketing, mas também homogeneizou conteúdos e pasteurizou experiências, gerando interações frias. Em meio a atendimentos automatizados, o que volta a diferenciar é a capacidade de tratar decisões de compra como decisões humanas, com contexto, empatia e respeito.

Não é simpatia, é sistema de relacionamento com foco nas pessoas, em todos os canais.

A IA não é inimiga desse movimento, é aliada. Ela pode ampliar a capacidade humana de servir melhor. Somada a uma prática ética e consciente, reforça o essencial do H2H: negócios acontecem entre pessoas, em qualquer contexto, B2B ou B2C.

Humanizando o conteúdo no Marketing H2H

O ponto de partida para o conteúdo no Marketing H2H é o diagnóstico do cliente ideal, não a lista de serviços: quem decide, quem influencia, quem bloqueia, quais perguntas aparecem nas primeiras reuniões, quais objeções atrasam a aprovação, quais evidências abrem portas, o que o cliente valoriza de fato… 

Com essa base definida, a arquitetura do conteúdo deixa de ser uma coletânea de temas soltos. As trilhas de leitura ajudam o decisor avançar com independência e a tomar melhores decisões.

Conteúdo H2H na prática

Comece pelo essencial. Defina quem é o cliente ideal e quais temas sustentam a conversa com esse cliente. Construa seu site e blog de forma a favorecer a navegação e a organização de assuntos. 

Refine a linguagem. Saia do corporativês engessado, fale como gente, com clareza e propósito. Produza conteúdos que resolvem problemas reais, guias simples, checklists úteis, estudos de caso objetivos. Cada peça precisa ajudar o decisor a avançar um passo, não apenas ocupar espaço.

Cuide da experiência em toda a jornada. Do primeiro contato ao pós-venda, o usuário deve sentir atenção e respeito em site, redes, e-mail e atendimento. Escute de verdade, convide ao feedback, responda com empatia. Treine o time para ter escuta ativa e conversar com contexto, em vez de apenas repetir scripts.

Personalize com critério. Use dados para adequar mensagens e ofertas, sem cair na automatização fria. Mostre a humanidade da marca com bastidores relevantes, histórias da equipe e depoimentos que agregam. Trate a venda como o início do relacionamento. Acompanhe resultados, mantenha a cadência de contato e continue entregando valor.

Nada disso se sustenta sem cultura. Coloque o cliente no centro, defina rituais de comunicação, desenvolva habilidades de escuta e escrita no time. Marketing H2H é disciplina, não ornamento. Quando promessa e prática se encontram, o resultado se tangibiliza em mais receita.

Marketing H2H e a era da IA Generativa e do GEO

Por mais de duas décadas, dominar o SEO (Search Engine Optimization) era o caminho para alcançar pessoas e dar visibilidade à marca no meio digital. As empresas que compartilhavam conteúdos relevantes e otimizados para os mecanismos de busca conseguiam incrementar o tráfego orgânico, melhorar a reputação e construir autoridade.

Com o advento da IA Generativa, a forma como as pessoas buscam e consomem conteúdos na web mudou. 2025 marcou o início de uma transição importante: a busca se transformou com a ascensão dos modelos de linguagem (LLMs), como ChatGPT, Gemini, Perplexity e outros. 

Essa mudança deu origem ao GEO, Generative Engine Optimization: prática de preparar conteúdos para aparecer nas respostas de IAs generativas. Diferente dos buscadores que exibem listas de links, sistemas como ChatGPT, Gemini, Perplexity e Claude combinam múltiplas fontes para entregar respostas diretas e contextualizadas. Trata-se de uma evolução natural do SEO, que adapta princípios consolidados a um novo paradigma de descoberta.

Assim, o conteúdo que antes era feito para ranquear no Google (SEO) agora também precisa ser estruturado para ser compreendido, citado e sintetizado por inteligências artificiais (GEO – Generative Engine Optimization). A migração para interfaces conversacionais se conecta à busca tradicional no Google, Bing e outros.

A pergunta-chave: como alcançar o público-alvo desejado, com SEO e GEO?

As pessoas não querem apenas links e referências, elas querem respostas diretas e confiáveis.

Assim, o Marketing H2H deve ser o maestro das estratégias de GEO e SEO, orquestrando a produção de conteúdos e a comunicação a partir de um entendimento claro sobre o público-alvo e ICP, seu comportamento, motivações, dores e desafios.

A combinação de SEO e GEO a partir de um mindset H2H amplia o alcance do conteúdo, com clique e sem clique.

Marketing H2H como estratégia de negócios

Marketing H2H não é efeito de linguagem, é uma estratégia construída em torno das pessoas. Quando a empresa comunica com clareza, enquadra o problema do cliente e apresenta provas, a confiança cresce e a tomada de decisões acelera. O blog vira fonte, o LinkedIn vira conversa, o e-mail mantém o relacionamento vivo, enquanto SEO e GEO asseguram presença com e sem clique. 

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Vamos conversar sobre seus objetivos e desafios?